9.4.10

ENGANO

O ruído dos motores tornara-se ensurdecedor. Depois, de súbito, tudo ficou em silêncio.

Foi à janela e olhou.

Lá em baixo os carros tinham parado, exactamente em frente à mansão. Abriram-se portas e as fardas começaram a sair, algumas de bota alta, olhando para cima.

Recuou um pouco para não ser visto lá de fora. Encostou o cano da Stein ao canto da janela e, aguentando com firmeza na anca, atirou a primeira rajada num movimento sabiamente circular. E continuou.

Enganara-se. Pela primeira vez.

Vinham apenas dizer-lhe que fora eleito Presidente.




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Nota: Texto retirado do Livro de Contos do Gin Tónico

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