30.6.10

AS BELAS VIDEIRAS DO MINHO




















As belas e verdes videiras,
Cobrem a minha cabeça,
E carinhosamente me tapam
Dos fortes raios amarelos do sol!

O cheiro forte das doces uvas,
prontinhas para colher,
Vão dar-me com muito amor
O prazer de as beber.

Vinho puro a saber a Minho,
linda terra p'ra viver!
Como é gostoso e puro o vinho
Da linda terra que é o Minho!

Adelaide

***

29.6.10

O SOL BRILHOU...











O sol brilhou
Mas não para mim.
Castigou-me o sol?
Porquê?

Fugiu-me 'alegria?
Porque a luz se foi?
Há dias assim,
E um dia assim dói!

Muitas lágrimas verti.
Me escorreram pela face.
Tantas lágrimas perdi!

Meu coração murchou.
Minha mente parou.
Mas minha vida não acabou!

***

28.6.10

A ÁGUA MILAGROSA














Num pequeno povoado, de aparência muito tranquila, os seus habitantes viviam bastante nervosos e insatisfeitos com a sua vida. Talvez pelo excesso de trabalho, lavrando as suas terras, ou pelo aborrecimento da rotina do dia a dia. O certo é que os homens, quando podiam, não saíam do bar e as mulheres não eram felizes. Os meninos eram muito violentos. Só havia uma pessoa que parecia ser feliz. Era a senhora Ana, já muito perto dos cem anos. Todos os dias se sentava debaixo da árvore que havia na porta de sua casa e que dava sombra numa fonte. (Desde que havia água nas casas ninguém bebia desta fonte). Um dia, a senhora Ana ficou muita surpreendida e com cara de felicidade. Pedro, o da forja, que nesse momento passava por ali, perguntou: "Que tal a sestazinha de hoje"? Ela respondeu: – "Hoje tive um sonho muito lindo"!
"Conte-me lá, de que se trata"? "Apareceu-me um ser sobrenatural que me disse que, para remédio dos problemas, se deve beber água desta fonte". Pedro sorriu e seguiu seu caminho pensando que a senhora estava perdendo o juízo. Quando chegou a casa, a sua mulher recriminou-o por chegar tarde mas, ele nem se importou pois era o acolhimento de todos os dias. Vestiu-se e foi ao bar jogar uma partida de dominó. A mulher ficou triste pela falta de diálogo que havia entre os dois sentindo-se culpada porque pensava que era ela que não sabia ter uma conversa interessante com ele. Pedro passou a tarde com seus amigos. De regresso a casa, e temendo o acolhimento da mulher, perguntou-se: e se fosse verdade o sonho da senhora Ana? Ao passar pela fonte, olhou para um lado e para o outro, acercou-se e bebeu um pouco de água. Fazia tanto tempo que não a bebia que lhe soube muito bem. Chegou a casa e notou que sua esposa estava diferente. Então pensou que infeliz se sentiria sem as suas atenções. Falou com os filhos e deu graças a Deus por tê-los. Ele, que estava sempre a protestar por causa das suas travessuras...! Naquela noite foi atencioso com sua esposa, demonstrando-lhe o seu amor, doce e apaixonado. Na manhã seguinte, como de costume, foi trabalhar. Desta vez despediu-se de sua mulher contando-lhe o sonho da senhora Ana, rindo, porque tinha bebido um pouco da água milagrosa. Ela não lhe deu importância mas pensou se seria pela água a mudança que tinha notado nele! Correu de boca em boca, a fama das propriedades da água e todos os que sentiam que na sua vida faltava algo de atractivo, começaram a beber da água da fonte. Todos agora eram felizes! Os homens voltavam cedo a casa e eram atenciosos com suas esposas,que se tornaram mais vaidosas, mais "coquettes" e atenciosas com seus maridos. As crianças e os jovens eram mais respeitosos com os adultos, os quais se sentiam mais amados.
Um dia, a fonte começou a ter pouca água, até que acabou de deitar. Os vizinhos daquele povoado ficaram tristes pensando que a felicidade que sentiam se perderia pela falta da água milagrosa. A senhora Ana, que já tinha completado mais de cem anos, disse-lhes: "Não tenhais medo. A água fez os milagres porque vós assim o desejastes".

FIM

(História, traduzida de espanhol para português, e gentilmente cedida pela autora Josefa Alcaide, de Barcelona)

***

20.6.10

O CHORO DE UMA CRIANÇA












ERA UMA MENINA LINDA
VESTIDA DE AZUL CELESTE.
A COR DOS SEUS LINDOS OLHOS
ESTAMPADA NO SEU ROSTO!
CHORAVA E SOLUÇAVA
ENCOSTADA À PAREDE FRIA
DA CASA ONDE MORAVA.
LÁ DENTRO, SEUS PAIS,
DISCUTIAM SEM PARAR.
A MENINA FUGIRA A CHORAR
PORQUE NÃO QUERIA OUVIR
AS PALAVRAS FEIAS QUE
ECOAVAM NO AR.
TANTA TRISTEZA NÃO MERECIA!
ESTE ANJO DE ENCANTAR.
DE REPENTE E COM TRISTEZA
ENCOSTEI-A AO MEU PEITO.
ABRACEI-A COM TERNURA.
E MEU CORAÇÃO APERTOU!
UMA LÁGRIMA SE SOLTOU
E AS SUAS ÀS MINHAS SE JUNTARAM.
AOS POUCOS ACALMOU,
A DISCUSSÃO ACABOU.
E A MENINA COM OLHOS
QUE ERAM DOIS PEDACINHOS DE CÉU,
PARA CASA VOLTOU...E EU ALI FIQUEI
A VER O QUE ACONTECIA.
OLHEI PELA JANELA E A MENINA JÁ SORRIA!

***

18.6.10

O MARAVILHOSO CORPO HUMANO
















Uma vez mais, H.Thomas, escritor que muito admiro, me proporcionou, alguns minutos de uma leitura que chamou a minha atenção, a tal ponto, que me sinto impelida a passar para o papel, por palavras minhas, o seguinte:

O QUE É O CORPO HUMANO? Para meu espanto, fico a saber que o corpo humano é, nada mais nada menos do que um certo número de produtos químicos, misturados de tal forma que produzem um corpo com vida, que come, cresce, "planeja", "cultua" e ama.

Produtos químicos, tais como:

- 75 velas
- 100 0vos
- Um bocado de ferro
- Um pedaço da sabão
- Fósforo suficiente para fabricar cerca de 100.000 fósforos
- 1 kg de açúcar
- 38 litros de água
- Um punhado sal

****

ESTRANHO, NÃO É? ENTÃO E A ALMA?

***