30.11.08

23.11.08

PLANTAS QUE PENSAM

Todos sabemos que as plantas têem vida e sabem distinguir o bom e o máu. Pois é verdade, há uma planta que pensa embora pareça um mistério. Tem um aspecto sem beleza, cresce nas florestas húmidas, nos lenhos e arrasta-se de lugar para lugar. Conhece a matéria animal porque dela come pequenas partículas. Parece que pensa pois é capaz de distinguir o que é alimento próprio para ela e o que para ela não serve de alimento. Mais ainda, é capaz de distinguir as plantas femininas da sua espécie.O autor que falou sobre este assunto que muito atraiu a minha curiosidade, H. Thomas, diz também que esta planta curiosa pensa e dorme. Como o trevo que à noite dobra as suas folhas e parece que vai dormir....A ciência tem procurado descobrir esta catacterística das plantas mas sem resultado. As plantas que torcem suas gavinhas é porque pensam que têem de se agarrar para se proteger. Há uma outra planta que se chama planta do Chile que é capaz, incrível, de dar uma volta completa em torno de uma árvore numa hora e quinze minutos. Há plantas que mostram características de animais superiores. Se se sentem importunadas procuram o meio correcto e só quando o encontram fazem algo para se livrarem da situação. Os antigos poetas diziam que as arvores " suspiram pela luz" e que as flores "languesciam" de amor. .

22.11.08

TRISTE BELO POEMA DE FERNANDO PESSOA


O CARRO DE PAU QUE BEBÉ DEIXOU...
BEBÉ JÁ MORREU, O CARRO FICOU...

O CARRO DE PAU TOMBADO DE LADO...
DEPOIS DO ENTERRO FOI ASSIM ACHADO...

GUARDARAM O CARRO,GUARDARAM BEBÉ...
A VIDA E OS BRINQUEDOS---CADA UM É O QUE É...

ESTÁ O CARRO GUARDADO...BEBÉ VAI ESQUECENDO...
A VIDA É P'RA QUEM CONTINUA VIVENDO...

E O CARRO DE PAU É UM CARRO QUE ESTÁ
GUARDADO NUM SÓTãO ONDE NADA HÁ...

A VIDA É A MESMA ESQUECIDA CURIOSA...
QUEM SABE SE O CARRO SENTE ALGUMA COUSA?

UM BRINDE DO SOL

DIA DOCE, QUENTE, SOALHEIRO,
SUOR ESCORRENDO PELA FACE.
SILÊNCIO.
SILÊNCIO DE OURO
QUE CURA A EBULIÇÃO
QUE INVADE
MEU CORAÇÃO
MEU SER ABENÇOADO
POR TUDO QUE AMO
E AMO TANTO.
VIDA DE ENCANTO,
MOMENTOS DE GRAÇA,
MÚSICA QUE OUÇO
DE OLHOS FECHADOS,
E AQUELES ABRAÇOS
IMAGENS BELAS
FLORES
BELAS CORES...

18.11.08

INSPIRAÇÃO PERDIDA

Meus simples poemas,
Pequenos poemas meus.
Andais esquecidos, perdidos.
Que falta me fazeis.
Por onde andas tu
Inspiração minha que me abandonaste?

Alguém a encontrou,
Por aí,
Vagueando,
Perdida,
Esquecida.
Ela me pertence,
Me faz falta,
Como vivo, sem ela?

Sinto-me vazia,
Fria,
Sem o seu calor.
Vem ter comigo de novo,
Dar-te-ei o meu carinho,
As minhas carícias,
O meu amor.

Espero-te com ansiedade.
Quero-te para me expressar,
Me esvaziar, me consolar,
Escrever o que tenho para dizer
E me comover lendo
O que meus ouvidos gostam de ouvir.

O ÚLTIMO CÉU

 

Adelaide 08
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17.11.08

DESEJO REALIZADO

Era uma tarde de sol
quente e doce.
Fui andando, andando,
sentindo na face
e nos olhos fechados
o calor e a luz forte
do astro rei.

Caminhei, caminhei,
até que um relvado
verde, fresco, bem tratado,
com pingos de orvalho
ainda por secar,
se me deparou.

P'ra minha alegria,
parei, e pensei..
É este o momento
de realizar meu desejo,
há muito guardado.
Ajoelhei, deitei
suavemente.
E meu corpo
rebolou na relva fresca.

Rebolou, rebolou,
olhei o céu e assim fiquei.
Não mais me levantaria...
Era tão grande a alegria,
E o sentimento que sentia.
Tinha realizado o desejo
que há muito queria.

14.11.08

A HISTÓRIA DE ORFEU E EURIDICE

ORFEU O "PAI DO CANTO"

"PAI DO CANTO" foi o título que lhe deram. Era considerado músico lendário e poeta. Diz a lenda que recebeu uma lira de Apolo e que as deusas das artes, as Musas, eram suas mestras. Com a música que elas lhe ensinaram foi capaz de encantar os homens e os animais, dar movimento às árvores e até, segundo a lenda, mover rochedos!!!
Sua esposa, Euridíce, morreu, e ele suplicou ao seu Deus padroeiro que lhe desse capacidade para a libertar do reino de Plutão. Sua prece foi ouvida com uma condição: "não deveria olhar para ela enquanto não estivesse completamente fora do mundo subterrâneo". Com a sua música conseguiu maravilhas. Venceu Plutão e as Fúrias que são criaturas selvagens que guardam as portas desse mundo escuro de morte. Porém aconteceu o que não devia ter acontecido. À vista de Orfeu, Euridíce ficou louca de amor e não percebia porque Orfeu não olhava para ela!!! Pediu-lhe que a olhasse e ele... não resistiu...! Euridíce, ainda não estava completamente liberta da escuridão, e o olhar do seu bem amado, por ter desobedecido à condição acordada com o seu Deus padroeiro, empurrou-a de novo e para sempre para o mundo de Plutão. Esta história de amor bela mas funesta serviu de tema a muitas óperas especialmente as de
Gluck e Monteverdi.

AS LÁGRIMAS

Molhadas
Salgadas
Importunas
Atrevidas.
Ligadas estão
Aos estados d´alma
Das nossas vidas.

Amantes da tristeza,
Não d´alegria
Por vezes ajudam,
Quem diria!

Se se vertem,
Cresce espaço dentro
O ar desanuvia.
Tudo fica mais leve
Adeus tristeza
Viva a alegria

O MOTOCICLISTA E O PASSARINHO

Um motociclista ia a 130 km/h por uma estrada quando, de
repente, foi de encontro a um passarinho e não
conseguiu esquivar-se: PANG!!
Pelo retrovisor, viu o bicho fazendo
várias piruetas no asfalto até ficar estendido.
Não podendo conter o remorso ecológico, parou a
motorizada e voltou para socorrer o bichinho.
O passarinho estava lá, inconsciente, quase morto.
Era tal a angústia do motociclista que recolheu a
pequena ave, comprou uma gaiola e levou-a para
casa, tendo o cuidado de deixar um pedaço de pão e
água para a acidentada.
No dia seguinte, o passarinho recupera a consciência.

Ao despertar, vendo-se preso, cercado por grades, com
o pedacinho de pão e a vasilha de água no cantinho, o
bicho põe a mão, ou melhor, a asa na cabeça e grita:
- Merda, matei o gajo da mota !

NO MEIO DO ARVOREDO

 

Adelaide 08
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12.11.08

DOIS MANOS DORMINHOCOS




Era uma tarde quente de Junho,
E o soninho apertava.
O sofá, macio e fofo, convidava
a um salto da realidade para o mundo
vazio de barulhos onde o silêncio é profundo...

Foi uma visão que enterneceu...
a dona do sofá... que sou eu!

Não resisti e fui buscar a câmara digital que tem feito as minhas delícias. Como podia eu deixar de registar uma cena tão invulgar, porque, há sempre aquela guerrinha entre manos, "ora chega p'ra lá , tou apertado, tira o pé, ai que vou cair, vovó???...

A COR DO OUTONO

 

Adelaide 08
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CHUVA DE INVERNO

A chuva está chegando para nos "acariciar" e nos lembrar o último Inverno e todos os Invernos das nossas vidas. Cada um tem os seus Invernos com as imagens que lhes estão associadas. No meu caso são as árvores molhadas e em movimentos descontrolados pela força do vento que mais tenho presentes na mente. Durante anos e anos a fio vi árvores grandes, frondosas ( as de folha caduca). Numa outra fase mais para diante, já não eram frondosas mas sim, esqueletos de árvores, ausentes de folhas porque o tal vento as havia levado com a sua força e as espalhara por tudo quanto era sítio, amareladas, encarquilhadas, secas e feitas em mil pedaços até que ninguém mais as via. Agora que tudo mudou, e adoro mudar porque mudar é renovar, vejo árvores pequeninas, agarradas ao chão com toda a força que possuem, serenas, molhadas, pingando pequenas gotas, que mais parecem cristais, da tal chuva que todos os anos, pelas leis da natureza, nos visitam para avisar que o Natal está à porta e para regar os campos sedentes. Tudo se modifica. Guardam-se as roupas leves e, passam-se para a frente as roupas pesadas e quentes. Começamos então a pensar nas prendas com laçarotes coloridos que temos de colocar ao pé da Árvore. É a roda da vida cumprindo o seu movimento.

AMOR DE AVÓ

Para a M., para o A., para o S., para o F.e para a T. Como sabeis, o meu amor por vós não tem limites.
Assim como não tem limites o amor que os pais têm pelos filhos.
Este blog é especialmente criado para vós e pena terei que, devido aos vossos muitos afazeres infantis (isto só para os mais pequenos, claro), sejais obrigados a visitá-lo com alguns intervalos mais ou menos longos.
Os mais velhos, esses já têm os seus próprios blogs, aliás dignos de serem visitados, não terão, portanto, muito tempo livre para o blog da Vovó.

Como avó, já não muito jovem, mas também não muito velha, tenho muito gosto
em poder transmitir-vos o que aprendi através dos anos, especialmente na área
das línguas, para o que sempre mostrei uma certa tendência, e, é graças a essa tendência, que posso hoje navegar pela Net e ter este blog para me comunicar convosco. Espero que fiquem contentes,

Beijinhos
Vovómilai

11.11.08

UM PATO COM HISTÓRIA











Adelaide 08

***

CORAÇÃO FELIZ

O meu coração está feliz!
E todo o meu corpo.
Porque
Um sentimento doce
me corre nas veias.
E por isso estou feliz!
Apetece-me abraçar as árvores
e dar palmadas nos muros
que nem o Tomé da Póvoa.
Ele dizia:
Estas árvores são minhas,
Estes muros são meus.
Até os passarinhos,
que fazem os ninhos
em minhas árvores
são meus!
Tomé da Póvoa estava feliz!
Como o meu, também o seu coração,
batia forte, de alegria e comoção!

Labels: UM POUCO DE POESIA

posted by Mara at 8:55 AM 3 Comments Links to this post

CICLO DO TEMPO

Tempos mudando,
Estações reduzindo
Lenta, lentamente.
Eram quatro, são duas.
Chuvas e sóis.
Chuvas que alagam as terras,
As casas, rios que transbordam
E perdem a sua pacatez suave e brilhante
Que o mar já não acolhe em seu leito
Porque se perderam pelos campos sem fim.
Culturas destruídas,
Casas abandonadas,
Olhos que choram de dor,
Tudo perdido!
Depois, a natureza verde
Vai rompendo.
Hastes que crescem longas, tenras
E apontam ao céu.
Parece que a esperança renasce.
Porém,
O sol vem devagarinho,
Com pezinhos de lã,
E vai aquecendo, aquecendo.
Lá se vai a esperança de novo.
Calor demasiado,
Tudo queimado,
Beleza verde que morre,
Flores que murcham,
Chuva que volta,
Rios que transbordam...

Mara

CAMPO DE PAPOILAS DE MONET


Adelaide 08

10.11.08

OUTONO

 

Adelaide 08
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Adelaide 08

3.11.08

CREPUSCULO

 

Adelaide 08
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