11.12.12

ALEGRIA

ALEGRIA
  • Era uma pedra linda
  • A cheirar a maresia!
  • Toda eu fiquei feliz
  • Porque nela estava escrita
  • A palavra alegria!
  •  
  • Queridas mãos a seguravam,
  • Voltada para mim!
  • Como sabiam elas que alegria,
  • Era o que tanto queria
  •   O meu pobre coração?
  •  
  • Toda eu rejubilei!
  • No meu rosto um sorriso se estampou!
  • Os meus tristes sentimentos,
  • como flores desabrocharam!
  •  
  • A tristeza que me atacava mais triste se tornou!
  • Foi-se embora, perdida, abandonada, vencida,
  • Porque a alegria dentro de mim entrou,
  • E não mais me abandonou!
    1.                                                                   Adel

27.11.12

MAL-ME-QUERES AMARELOS






OS MAL-ME-QUERES AMARELOS
 

COMO SÃO BELOS
OS MAL-ME-QUERES AMARELOS!
COMO SÃO PURAS
AS LINDAS ROSAS BRANCAS!
E COMO AS ROSAS VERMELHAS
DESPERTAM NOSSA PAIXÃO!


ACONTECEU
AO MEU POBRE CORAÇÃO!


UM TOQUE NA PORTA
ME DESPERTOU.
ABRI DEVAGARINHO...
UM RAMO VERMELHO ENTROU!
NÃO QUERIA ACREDITAR!
MAS O RAMO ME ENCANTOU!


ERAM ROSAS DA COR DA PAIXÃO
QUE UMA MULHER RECEBE COM AMOR
E NUNCA DIZ QUE NÃO.
AS ROSAS...
 QUE BELAS SÃO!


                                                                                         Adel 2012

                 

13.11.12

CORAÇÃO FELIZ

















O meu coração está feliz!
E todo o meu corpo.
Porque
Um sentimento doce
me corre nas veias.
E por isso estou feliz!
Apetece-me abraçar as árvores
e dar palmadas nos muros
que nem o Tomé da Póvoa.
Ele dizia:
Estas árvores são minhas,
Estes muros são meus.
Até os passarinhos,
que fazem os ninhos
em minhas árvores
também são meus!
Tomé da Póvoa também estava feliz!
Como o meu, também o seu coração,
batia forte, de alegria e comoção!

Adel

3.10.12

PATINHO PERDIDO

Nas águas turvas do ribeiro Andava um patinho perdido. Aflito, sozinho chorava! Em todas as direcções olhava E sua mãe não encontrava! "Oh, mãe, onde estás? Mãe!!!! Estou aflito, não te vejo e tenho frio"! Nenhum som ouvia, e sentiu medo! Perder sua mãe não queria. Viver sem ela não sabia! "Oh, mãe? Vem ter comigo...vem buscar-me, mãe"! De repente, ao longe, ouviu um som, Um som aflitivo... "Mãe, estou aqui, vem cá porque te perdi"! A mãe chegou, seu patinho abraçou, Seu filhinho beijou, Com sua asa o cobriu, porque estava geladinho! "Nunca mais te perco mãe, nunca mais! Fui tolinho, afastei-me e a água me tentou! Te prometo, para ali nunca mais vou. Nunca mais te deixarei, E teus beijinhos sempre terei! Amo-te, Mãe"! Adelaide 2008 *

29.9.12

25.9.12

O HOJE E O AGORA

APRENDA A MUDAR A SUA ENERGIA ***************************** Saiba como atingir seus objectivos. 1.Pense sempre, de forma positiva. Toda vez que um pensamento negativo vier à sua cabeça, troque-o por outro! Para isso, é preciso muita disciplina mental. Você não adquire isso do dia para a noite; assim como um “atleta”, treine muito. 2.Não tenha medo de nada e ninguém. O medo é uma das maiores causas de nossas perturbações interiores. Tenha fé em você mesmo. Sentir medo é acreditar que os outros são poderosos. Não dê poder ao próximo 3. Não se queixe. Quando você reclama, tal qual um ímã, você atrai para si toda a carga negativa de suas próprias palavras. A maioria das coisas que acabam dando errado, começa a se materializar quando nos lamentamos. 4. Risque a palavra “culpa” do seu dicionário. Não se permita esta sensação, pois quando nos punimos, abrimos nossa retaguarda para espíritos opressores e agressores, que vibram com nossa melancolia. Ignore-os 5. Não deixe que interferências externas tumultuem o seu quotidiano. Livre-se de fofocas, comentários maldosos e gente deprimida. Isto é contagioso. Seja prestativo com quem presta. Sintonize com gente positiva e alto astral 6. Não se aborreça com facilidade e nem dê importância às pequenas coisas. Quando nos irritamos, envenenamos nosso corpo e nossa mente. Procure conviver com serenidade e quando tiver vontade de explodir, conte até dez. Viva o presente. O ansioso vive no futuro. O rancoroso, vive no passado. Aproveite o aqui e agora. Nada se repete, tudo passa. Faça o seu dia valer a pena. Não perca tempo com melindres e preocupações, pois só trazem doenças. UM CONSELHO: Leia este texto sempre que puder. +++ ++ +

27.5.12

LA LLORONA DE CHAVELLA VARGAS




 ** Todos me dicen el negro, Llorona
Negro pero cariñoso.
Todos me dicen el negro, Llorona
Negro pero cariñoso.
Yo soy como el chile verde, Llorona
Picante pero sabroso.
Yo soy como el chile verde, Llorona
Picante pero sabroso.
Ay de mí, Llorona Llorona,
Llorona, llévame al río
Tápame con tu rebozo, Llorona
Porque me muero de frió
Si porque te quiero quieres, Llorona
Quieres que te quieres más
Si ya te he dado la vida, Llorona
¿Qué mas quieres?
¿Quieres más

*

1.5.12

A MINHA IDA AO CAMPO



Eu, que sempre fui uma mulher da cidade, aceitei um convite que não podia recusar.
Fiz as malas e fui direita ao campo com o meu coração a saltitar de alegria.
Os meus olhos não paravam de olhar as árvores de lindos verdes, as flores
amarelas pelos lados da estrada, aos montinhos, como famílias!
O céu apresentava um azul muito belo e lindas nuvens com lindas formas.
Muito brancas e, por vezes, com manchas acinzentadas ameaçando chuva.
Mas, o sol reluzente não deixou. Quantos mais quilómetros percorria, maior era a minha alegria.
Estava prestes a chegar ao maravilhoso local que me esperava!
Entrei...e tudo estava mais belo por causa da entrada da primavera. Os jardins apresentavam
belas cores a ponto de acordarem em mim comoção perante tanta beleza.

Quando voltar a ir, vou de novo admirar os verdes, o amarelo das flores, e de outras cores,
olhar mais uma vez o céu porque, olhar o céu dá-nos alegria pelo seu belo azul, pelas nuvens
brancas ou acinzentadas, ou até um lindo céu sem nuvens...um azul aveludado.
Pousar a nossa mão naquele azul...como deveria ser reconfortante, Já tentei tocar nas estrelas mas,
por mais que me elevasse nas pontas dos pés não conseguia atingir o meu objectivo. Quem sabe, um dia...

Adel____
***

21.4.12

19.4.12

PIENSA EN MI


Chavela Vargas - Piensa en mi por larsen42
  1. Si tienes un hondo penar, piensa en mí:

  2. si tienes ganas de llorar, piensa en mí.
    Ya ves que venero tu imagen divina,
    tu párvula boca que siendo tan niña
    me enseño a pecar.
    Piensa en mí cuando sufras, cuando llores
    también piensa en mí, cuando quieras
    quitarme la vida, no la quiero para nada,
    para nada mé sirve sín tí.
    Piensa en mí cuando sufras, cuando llores,
    también piensa en mí, cuando quieras

  3.   quitarme la vida, no la quiero para nada,

  4. para nada me sirve sin tí.
    Piensa en mí cuando sufras, cuando llores
    también piensa en mí, cuando quieras
    quitarme la vida, para nada, para nada
    me sirve sin tí.

28.3.12

VAMOS OLHAR A NATUREZA




Vou olhar a Natureza, voltar os olhos para tudo que é belo, admirar as cores, as formas, a simplicidade e o fantástico. Vou descobrir os milagres que todos os dias acontecem e que deixamos passar, sem ver... Sim, é tristemente verdade! Habituamo-nos a não ter tempo para os belos pormenores que nos rodeiam! Olhamos o nada, o que não tem beleza, só as ruas, as lojas, as pessoas que andam apressadas...Damos mais atenção ao dia a dia, que nada tem de belo, e que é tão cansativo! E porque não tirarmos uns minutos por semana, (como fiz hoje e não me arrependo) esquecer o dia a dia sem graça, sair de casa, olhar o céu e as nuvens. Que belas são as nuvens, que belas formas apresentam porque os ventos e as brisas brincam com elas na imensidão dos ares, gozando dum belo azul como cor de fundo. É mágico o mundo em que vivemos! Entretanto, já avisto a imensidão das águas. Os meus olhos não têm tamanho suficiente para abarcar todo aquele verde que me refresca, que me dá força, que me lava a alma.
Parada, observo os navios ao longe. Sento-me para descansar e, mais um milagre acontece. Junto de mim, nascida de uma brecha do chão duro, seco e esbranquiçado, uma delicada flor azul, bela como as mais belas, fez-me pensar: "E se eu a arrancasse desta secura, a acariciasse nas palmas das minhas mãos, não frias, e a chegasse aos meus lábios, com doçura...Assim pensei e assim fiz. Beijei-a suavemente.
É agora uma amiga flor, que tem sede de água. Dou-lha. Ela como que me agradece. É o alimento que lhe dou até que ela se aguente, quem me dera que para sempre mas, este mundo mágico há-de roubar-ma, levar-ma triste e seca. Para onde? Não sei!!!


Adelaide 2010



12.3.12

DECLARAÇÃO DE AMOR ALENTEJANA


Minha querida magana...

Desda aquela vez da palha naquele monti
Que aqui ficastes escarrapachada na minha alembradura.
Atão na foi tã bom? Diz laa?
Condolho pra ti com esses bêços de mula,
O mê coração prega purradões nas costelas,
Parece um trator a arrencar ecalitros naquela charneca.
Se mamares comé tamo,
Se machares come tacho,
Vamos pedir a tê pai cacete nosso acasalamento.
Gosto de ti, pôrra!!!


Roubado. Pardon,

26.2.12

E O NATAL SE FOI...!



























Mais um Natal passou,
E que até foi engraçado!
Uma paz abençoada...!
Gargalhadas, e muitos risos!
Todos contentes, todos felizes!

Sentados à volta da mesa,
Conversando, saboreando
Os doces natalícios.
Que gostoso o bolo-rei, as rabanadas,
Os mexidos... e tudo mais...

Que outro Natal aconteça,
E de novo a alegria e os risos!
Mais um ano para viver
Com esperança, muita força,
Saúde, amor e mais risos...

Adelaide



*

16.2.12

ORAÇÃO DA CONFIANÇA












Confio em Deus com todas as minhas forças,
por isso peço a Deus que ilumine o meu caminho 
concedendo-me a graça que tanto necessito***



15.2.12

UM BANCO DE JARDIM

















Foi novo e lindo
Em tempos que já la vão.
Muitos pares amorosos
Ali se deram a mão!
Beijos trocaram
e muitos abraços.
Segredos entre si revelaram
Que o lindo banco guardou.
Palavras lindas ouviu
E não mais esqueceu.
Nas suas madeiras
ficaram gravadas e,
Nem o passar dos tempos
Os segredos lhe levou.
Por isso é feliz
por ter dado assento
a tantos namorados
que nele sentados
Belos momentos viveram!

Hoje está velho, só e triste,
Marcado pelo tempo.
Madeiras velhas,
Ferros sem cor.
Só tristes velhos, já cansados,
nele se sentam,
tristes e embrulhados
Em casacos desgastados
Porque nem o sol os aquece!

Hoje é um triste banco,
E nada ouve que o console.
Só tristezas e queixas
De quem vida dura viveu!
Ele próprio é velho também!
E já namorados não tem!

Adelaide


***





30.1.12

WOLFGANG MOZART




UM BRINDE


Ergo a minha taça para brindar à música inesquecível que Mozart deixou para delícia dos nossos sentidos. Sim, porque ela nos percorre de lés a lés. Todo o nosso ser se contagia pela beleza dos seus acordes, ritmo, leveza e tudo o mais que, só a boa música é capaz de despertar em nós, seres inteligentes e sensíveis a tudo que é belo. Também é digna de nota a biografia do mestre que nos deixou há já 250 anos. Como a maioria das pessoas sabe, tudo nele desabrochou na tenra idade. Infelizmente até a morte no-lo roubou aos 34 anos, quando não devia. Muito ficou por fazer. É difícil acreditar que, aos três anos de idade, só 36 meses de vida, tenha ele começado a ser considerado executante e aos 5 já compositor! Era um pequeno mestre austríaco que enfrentava grandes plateias e empreendia "tournées" que sempre acabavam em grandes triunfos. Era exigente consigo e com quem com ele trabalhava. Como estudante era exemplar, atento e trabalhador. Helen Kaufman diz que, e estou plenamente de acordo, os jovens deviam ler a biografia deste grande músico, assim como a de outros grandes homens que ficaram famosos, mesmo noutros campos da ciência, não só porque daí tirariam exemplos úteis para as suas vidas, mas também porque os bons exemplos escasseiam demais nestes dias tão conturbados da nossa existência onde parece que só o mal impera. E as nossas crianças! Infelizmente, estão expostas a ele, o mal, por força das circunstâncias. Vejam-se, como exemplo, os desenhos animados que invadem as nossas casas a toda a hora, apresentando imagens desprovidas de qualquer beleza, figuras terríveis que amedrontam até os adultos! Ah! Grande Walt Disney por onde andas tu?
Voltando porém ao tema principal desta nossa conversa, Mozart, há ainda algo para aprender. Por acaso sabiam que antigamente não se falava em piano mas sim em cravo? E sabiam também que era o próprio pai do nosso jovem músico que lhe dava lições, assim como à irmã, uns aninhos mais velha do que ele? É encantadora a biografia de Wolfgang! Havia um grande respeito entre o pai e os filhos. Bons velhos tempos!!!
Certo dia, terminada a aula da irmã, o pequeno futuro Mozart gostou tanto do que a irmã tocou que disse: Agora eu, agora eu! Cresce e aparece, lhe deve ter dito provavelmente o pai, ao mesmo tempo que não escondeu a sua admiração com a atitude do filho que nem sequer chegava ainda às notas do cravo!...


Adelaide
*

22.1.12










ANO NOVO

Mais um ano mudou.
Muito coração assim o desejou.
Porque a Esperança
Dentro de cada um entrou!
Esperança numa mudança
Com alegria, e entre os homens, amor!
Fraternidade, lealdade, justiça,
Sem pobreza, sem riqueza desmesurada.
Verdadeira democracia, sem maldade,
Respeitada!

Os sinos tocaram,
Fogo de artifício clareou a noite escura
Que se tornou num novo dia.
E o céu azul sorriu!
E também os corações
Voaram pelos ares sem fim,
Como coloridos balões!

Olhei à minha volta,
O povo todo saltava de alegria.
Cada um com um ano bom sonhava...
E eu também!

Adelaide

8.1.12


OS PASSARINHOS E O AMOR















Era uma árvore
cheia de ninhos.
Chilreavam felizes
os passarinhos...

Cada ninho uma família.
A mãe cuidava da casa,
o pai apressado voava
à procura d'alimento.

Filhos de boca aberta,
nervosos, ansiosos
pela chegada do pai...
"Ai vem, chega pra lá".
Foi grande a correria,
Foi grande a alegria...

A vida assim correndo,
os passarinhos crescendo
já queriam encontrar
ansiosos o seu par,
para seu ninho fazer
Com os pauzinhos caídos
secos e partidos
espalhados pelo chão...

Foi então que dois passarinhos
pousados no mesmo galho
trocaram olhinhos
encostaram asas, quentinhos,
beijando seus biquinhos...
Cena de encantar.

Tudo corria tão bem! Mas...
certo dia, houve choro
e não alegria, porque
noutro galho,
o noivo ousado,
estava encostado
noutro passarinho,
trocando um outro beijinho!

Infidelidade...
mesmo entre passarinhos!
Assim morre o amor primeiro,
e o ninho quase pronto,
cai desfeito no carreiro.

Adelaide
*

AS MINHAS GAIVOTAS






















São três gaivotas lindas, brancas como a neve e manchadas de cinza claro, que me dão os bons dias todas as manhãs. Encontro-as empoleiradas no candeeiro em frente de minha varanda. Estamos, eu e elas, exactamente à mesma altura a partir do solo. Eu chego e digo "Olá belezas" e elas respondem à sua maneira: viram o bico para o céu, (em direcção ao Criador), esgoelam-se, e dão um grito como que a dizer-me também "Olá, bom dia". Depois, vaidosas, ensaiam os seus belos voos, asas bem abertas, cortam o céu a seu belo prazer. Encanto de se ver. Como dizia H.Thomas, que muito admiro pelos seus escritos, a natureza está cheia de milagres, nós os humanos é que não reparamos. Considero as minhas gaivotas mais um desses milagres. O grito que dão com o bico virado ao céu para me darem os bons dias, é muito diferente do tom de grito para me pedirem as migalhas a que as habituei. Já não viram o bico para o Criador mas para mim. Dão umas voltas, fazem-se rogadas mas, por fim, voam até às migalhas, ao mesmo tempo que se debicam umas às outras, para protegerem o que acham que é delas por direito.
Assim nasceu uma pura amizade entre eu própria e as gaivotas que embelezam a natureza com os seus belos voos.

Adelaide
**



UM AMOR PERDIDO









Conheci-te, amei-te e perdi-te!
Chorei lágrimas dolorosas,
Lágrimas sem fim!
Lágrimas que não mais secaram!
Dentro de mim!
Inundaram minha alma,
Todo o meu ser!
Como é injusta a vida,
Tantas vezes sem razão!
E as lágrimas inundaram
Completamente meu coração!
Seguimos diferentes caminhos.
Vidas diferentes vivemos.
Ora felizes ora infelizes, como saberemos?
Nunca mais nos encontramos,
Neste mundo tão demente!
Mas...o meu maior desejo é...
Que não seja para sempre!


Adelaide
*

4.1.12

OS POMBOS

O sol da tarde despertou em mim o desejo de o sentir directamente em meu rosto. Não podia resistir a esse desejo. Como podia, se o sol nos tem visitado tão pouco! Munida de máquina digital para fotografar o que me aparecesse de belo, aí vou eu sem destino, calmamente, não deixando de observar tudo que é verde ou colorido. O ar soalheiro entrou dentro de mim, percorreu-me, aqueceu-me, como que adivinhando o quanto o meu corpo interior e solitário precisava desse calor ameno e reconfortante do astro rei.

Respirei fundo, saboreei o prazer sentido nesse momento mágico e senti-me também, como se rainha fosse, já que o rei dos astros tinha carinhosamente entrado dentro de mim. Senti-o e agradeci o bem me havia feito. Agradecer o que a natureza nos dá é uma obrigação que temos para com o Criador. Fui andando, andando, fotografando arbustos verdes, belos, e outros verdes e a florir. Que bom esquecer tudo o que nos rodeia e admirar aquilo que ninguém vê, porque o corre corre do dia quase a terminar não deixa que as pessoas admirem os pormenores belos e ao mesmo tempo selvagens que estão por ali espalhados desordenadamente.

De repente, um pombo que vagueava na relva verde aparece a olhar para mim, com um ar admirado por encontrar alguém que falou com ele. Chamei-o, ele olhou-me e deu uns passitos na minha direcção. A partir daqui ficaremos amigos pois irei procurá-lo sempre que o desejo de apanhar o sol da tarde me encaminhar para novo passeio.



Adelaide


PINTURA "ROUBADA"



Uma bela pintura,
Um jogo de cores.
Tais misturas
Despertam amores.

Uma vontade surgiu.
Uma ideia me assaltou.
Roubo, não roubo?
Meu coração decidiu.

Roubei, trouxe comigo.
Meu blog agradeceu.
Não te zangues meu amigo.
Eu te digo, fui eu. 


Adelaide

2.1.12


O MEU RIACHO

















O meu riacho, amigo de todas as horas,
É meu porque nele meus dedos molho feliz
Em todas as manhãs e tardes de sol dourado!
Aquela água fresca e pura do meu riacho,
Como o cristal puro que canta e brilha,
Vai saltando feliz e contente,
De rocha em rocha, como passadas de gente!
Pequenas cataratas, prateadas, saltitantes,
Atiram aos ares gotas lindas como pérolas!
E como a luz do sol por entre elas se esgueira,
É o arco-iris que com suas cores espreita.
Sento-me na minha rocha à beira da margem,
Que também é minha porque a afago com amor
e o calor da minha mão já lhe pertence.
Olho o azul do céu que é de todos nós e meu,
Que me sorri num longo sorriso porque também ele
Gosta do meu riacho que continua crescendo e correndo
Porque outros, com abraços, se lhe vão juntando.
E porque já são vários na corrida,
Deslizam contentes aos saltos,
Fazendo olhinhos às flores das margens,
Como namorados que trocam mensagens!
Finalmente o mar recebe com alegria
Os filhos que cresceram e já são rios
E que à casa paterna com ânsia e louca euforia
quiseram voltar.
O mar e os rios estão felizes abraçados a lutar
Porque uma onda gigantesca se eleva no ar!

Adelaide