24.3.09

ÓPERA, A MINHA PAIXÃO



Em 7.06.1996 o Cículo Portuense de Ópera e a Orquesta Clássica do Porto apresentaram no Mosteiro da Serra do Pilar, onde subi pela primeira vez, e donde vi a Cidade do Porto à noite também pela 1ª vez, a paisagem da Cidade é difícil de descrever por ser tão bela.
A obra que fomos apresentar foi a "ODE A VASCO DA GAMA" DE BIZET. No final desta apresentação, e porque estavamos dentro dum Quartel, foi-nos pedido que cantassemos o Hino Nacional. Não podíamos recusar, cantamos, e... por sermos precisamente um coro de ópera (apesar de amadores) saíu o Hino mais maravilhoso que os meus ouvidos jamais tinham ouvido. Nestas ocasiões as palmas e o auditório de pé exercem dentro de nós um sentimento que quase nos leva à loucura em termos de felicidade interior. De repente, e para meu espanto, desvio os olhos para a minha direita e, num camarote a meu lado, dou de caras com os meus vizinhos porta com porta, General A. e Família, todos de pé a baterem palmas com admiração estampada no rosto pois não sabiam que a vizinha de 30 anos amava ópera. Já fora do mosteiro aconteceram os abraços, os parabéns, os beijos...Naquele momento senti-me a mulher mais feliz do mundo!

3 comentários:

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Oh Mara,

Tu hoje matas-me do coração, estou eu para aqui com uma conjuntivite e a chorar pelos cantos...
Sabes que sou do Porto??? Que vivi metade da minha vida, a melhor parte dela, em Gaia, conheço o Mosteiro da Serra do Pilar lindamente, só não estive presente nesse teu inesquecível concerto...que pena.

Mas estás cá tu para nos contares e duma forma tão singular, que me senti presente.

Obrigada amiga pela partilha,
Beijinhos
Fernanda (Ná)

Adelaide disse...

Ná,

O que contei foi uma excitante verdade.
O nosso hino cantado por um coro de Ópera,(Círculo Portuense de ópera do Porto - CPO ) apesar de constituido por amadores e alguns profisiomais, foi algo de belo que deixou toda a gente numa excitante alegria. As palmas não acabavam, nós não parávamos de agradecer, baixando a cabeça várias vezes, e assim estivemos por vários minutos. O prazer sentido é inexplicável.

Tenho muitas situações destas para contar porque o grupo percorreu Portugal quase inteiro. Ao fim de mais ou menos 15 anos tive que deixar pois o trabalho era muito, e muito mais quando os concertos eram encenados. Os ensaios eram sempre à noite e, no fim de um belo concerto, no Restelo, em Lisboa, com Plácido Domingo, já no autocarro, no regresso a casa, decidi encerrar a minha
estadia e, assim fiz. Hei-de sentir saudes até entregar a alma ao Criador.

Um beijo amigo
Mara

Adelaide disse...

Quero dizer "saudades"