20.3.09
E N G A N O
O ruído dos motores tornara-se ensurdecedor. Depois, de súbito, tudo ficou em silêncio.
Foi à janela e olhou.
Lá em baixo os carros tinham parado, exactamente em frente à mansão. Abriram-se portas e as fardas começaram a sair, algumas de bota alta, olhando para cima.
Recuou um pouco para não ser visto lá de fora. Encostou o cano da Stein ao canto da janela e, aguentando com firmeza na anca, atirou a primeira rajada num movimento sabiamente circular. E continuou.
Enganara-se. Pela primeira vez.
Vinham apenas dizer-lhe que fora eleito Presidente.
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Nota: Texto retirado do Livro de Contos do Gin Tónico.
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3 comentários:
Cá estou eu, amiga, pronta para comentar os teus textos e feliz por ver que, independentemente de seres solicitada para participar noutros blogs, não deixas de continuar a dar vida ao teu, do qual gosto tanto.
Beijinhos.
Maria Letra
Olá querida amiga Mara,
os enganos por vezes podem mesmo ser fatais, e a prova disto está neste texto, que tratando-se apenas de uma história, bem podia ser verdadeira como tantas outras histórias reais que ouvimos, e que nem queremos acreditar!
Mara está tudo bem consigo e com os seus?
Esteve ausente uns dias, e por vezes isso deixa-nos preocupados e apreensivos.
Beijinhos,
Ana Martins
Que surpresa e que alegria.
Acreditem que não contava com a vossa querida visita ao meu blog que deixei tão abandonado.
Um beijinho com muito carinho para a Maria Letra e Ana Mantins, duas mulheres de fibra.
Milai/Mara
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