17.2.10

O PATINHO PERDIDO


Nas águas turvas do ribeiro
Andava um patinho perdido.
Aflito, sózinho chorava!
Em todas as direcções olhava
E sua mãe não encontrava!
Oh, mãe, onde estás?
Mãe!!!!
Estou aflito, não te vejo
e tenho frio!
Nenhum som ouvia, e  sentiu medo!
Perder sua mãe não queria.
Viver sem ela não sabia!
Oh, mãe?
Vem ter comigo...vem buscar-me, mãe!
De repente, ao longe, ouviu um som,
Um som aflitivo...
Mãe, estou aqui, vem cá porque te perdi!
A mãe chegou, seu patinho abraçou,
Seu filhinho beijou,
Com sua asa o cobriu,
porque estava geladinho!
Nunca mais te perco mãe, nunca mais!
Fui tolinho, afastei-me e a água me tentou!
Te prometo, para ali nunca mais vou.
Nunca mais te deixarei,
E teus beijinhos terei!

***

7 comentários:

Manuel disse...

São coisas que me fazem recuar até a uma infância tão distante.
Gostei da ternura e da mensagem que deixa transparecer.
É bom deixarmo-nos embalar por estes momento de ingénua ternura.
Obrigado

Adelaide disse...

Obrigada Amigo Manuel,

Também me senti nos dias da minha infância. A inspiração às vezes abandona-nos, e, quando volta, faz-nos destas surpresas. É linda a palavra ternura.

Mara

Maria Letr@ disse...

Bom dia, Mara.
Lindo poema, mostrando uma fragilidade comum até entre as crianças para quem o apoio da mãe, incondicional, quando falta, fá-las sentir como que perdidas.

Anónimo disse...

Querida Mara,

Sempre que posso venho ao teu lindo blog para admirar os teus ternos poemas.
Uma pessoa terna como tu és tinha de produzir poemas ternos.

Não pares. Continua a dar-me o prazer de te ler.

Um abraço amigo do teu
MM

Luis disse...

Querida Mara,
Era bom que todos os filhotes lessem e aprendessem com este patinho.
Hoje em dia, na maioria dos casos, por falta de acompanhamento dos pais, eles arrogam-se a tudo saber e não os ouvir.
Não há ternura nas ligações entre pais e filhos, e é pena!
Beijinhos amigos.

Adelaide disse...

Querido Luis,

Está muito certo o seu comentário. Nem os pais dão a devida atenção aos filhos, que andam à deriva, como um barco no meio do oceano, nem os filhos aceitam os conselhos de quem já viveu e aprendeu o suficiente para aconselhar quem ama.
O tempo passou os costumes mudaram, portanto, acham-se no direito de se fazerem sabichões.

Beijinhos
Mara

Adelaide disse...

Amigo MM,

Só hoje vi o teu comentário.
Se és quem eu penso que és, muito te agradeço pela tua visita.

Abraço
Mara / Adelaide