27.6.09
O POBRE DO TIO LEONARDO
No seu quartinho minúsculo,
pouco limpo, pouco cuidado,
sózinho, triste, abandonado,
vive o pobre do tio Leonardo.
Para fugir à tristeza,
sai de casa devagar.
vai andando, andando,
até seu banco encontrar.
À sua frente tem o rio.
Imagem de todos dias. Adora ver.
Solução encontrada para esquecer
que tem fome e não que comer...
Por fim volta para casa.
Ninguém para o receber!
Está cansado vai p'ra cama
e tenta adormecer.
Neste estado de coisas,
suas forças vão faltando.
seu corpo vai curvando
tem vontade de morrer...
Quantos tios Leonardo´s
por esse mundo sem fim!
viver assim não é viver.
Para quê nascer?
E não viver?
Para quê sofrer?
25.6.09
20.6.09
O AMOR ENTRE OS ANIMAIS
PEQUENOS POEMAS ANTIGOS
19.6.09
O MEU SEBASTIÃO
9.6.09
NO TE QUIERO
NO TE QUIERO sino porque te quiero
y de quererte a no quererte llego
y de esperarte cuando no te espero
pasa mi corazón del frío al fuego
Te quiero sólo porque a ti te quiero,
te odio sin fin, y odiándote te ruego,
y la medida de mi amor viajero
es no verte y amarte como un ciego.
Tal vez consumirá la luz de enero,
su rayo cruel, mi corazón entero,
robándome la llave del sosiego.
En esta historia sólo yo me muero
y moriré de amor porque te quiero,
porque te quiero, amor, a sangre y fuego.
Pablo Neruda
(Pintura de Vladimir)
8.6.09
UM DIA DE SOL E UM POUCO DE PROSA
Depois de mais um saudável passeio pelo meio das árvores, onde o oxigénio é mais forte e mais "verde", cheguei à orla onde se me deparou uma extensão de areia lisa e tentadora. Lá no fundo o mar esverdeado vinha beijar a sua areia e nela deixava bolhinhas brancas que se espalhavam aleatoriamente formando como que uma fronteira às curvas entre a sua areia e ele mesmo.
Levei um certo tempo a decidir se teria ou não coragem para destruir, com as minhas passadas, a beleza daquele areal reconfortante e morno que me conduziria até junto daquele mar belo, fresco e perfumado. Vencida a pena que sentia, decidi iniciar a minha caminhada, deixando atrás de mim uma fila de pegadas que formavam um caminho ora liso ora às curvas, sempre que olhava para trás para ver o meu estrago.
Cheguei, pousei a palma da minha mão na frescura verde e húmida daquela água bem fria
e de seguida molhei a face com ela. Todo o meu corpo sentiu aquele frescor e o mar molhou-me os pés como que para me cumprimentar e agradecer a minha visita ao seu espaço. Eu era quase a única pessoa naquela praia e, por isso, aquele mar ficou feliz. Ele gosta de ter visitas que o acariciem e lhe transmitam um pouco de calor humano.
Resolvi sentar-me junto dele, para saborear a frescura das ondas que vinham brincar com os meus pés. Fechei os olhos, com a cara virada para o céu, como que para meditar, apreciando aquele momento de felicidade e graça, quando, de repente, uma onda grande e brincalhona me cobriu e me molhou por completo, me assustou, mas... agradeci-lhe e ali permaneci. Logo de seguida ouvi um som que parecia uma gargalhada daquela onda engraçada que decidiu brincar comigo. Momento inesquecível!
1.6.09
A LUA
Lá longe no firmanento,
Vaidosa e iluminada
Está uma bola branca
que não fala, náo diz nada!
Levanto os olhos ao céu,
Com esperança e amor.
Mas nada ouço, nada me diz!
Assalta-me tristeza e dor!
Queria que me falasses,
E me enchesses de alegria,
A tua luz me alimenta
de noite e de dia!
Mas não perco a esperança
Quero ter-te como amiga,
Hei-de ouvir a tua voz
Para encher-me de alegria!
Serás amiga leal,
Me ouvirás sem responder.
Aceitarei teus conselhos
E saberei entender!
Obrigada amiga minha
não me negues teu frescor!
Dá luz aos meus dias,
E às minhas noites, amor!
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