8.6.11


Quando eu era rapazote
Levei comigo no bote
Uma varina atrevida!
Manobrei e gostei dela,
E lá me atraquei a ela,
P’ró resto da minha vida.

Às vezes, numa pessoa,
A saudade não perdoa,
Faz bater o coração!
Mas tenho grande vaidade,
Em viver a mocidade,
Dentro desta geração.

Sou marinheiro
Deste velho cacilheiro
Dedicado companheiro
Pequeno berço do povo

E navegando,
A idade foi chegando,ai...
O cabelo branqueando,
Mas o Tejo é sempre novo!

Todos moram numa rua,
A que chamam sempre sua,
Mas eu cá não os invejo!
O meu bairro é sobre as águas,
Que cantam as sua mágoas,
E a minha rua é o Tejo!

Certa noite de luar,
Vinha eu a navegar,
E de pé, junto da proa!
Eu vi, ou então sonhei,
Que os braços do Cristo-Rei,
Estavam a abraçar Lisboa!

Sou marinheiro,
Deste velho cacilheiro,
Dedicado companheiro,
Pequeno berço do povo!

E navegando,
A idade foi chegando, ai...
O cabelo branqueando.
Mas o Tejo é sempre novo.

***

4 comentários:

Andradarte disse...

Saudades do José Viana....Das suas interpretações...das suas pinturas....
Abraço

Adelaide disse...

Querido Amigo,

No nosso tempo era tudo muito diferente e mais bonito. Eu era uma grande fâ do Zé Viana. Com ele no meu blog consolo-me de cantar ao mesmo tempo que ele.

Abraço

Anónimo disse...

Um grande actor. Que saudades das revistas que vi protagonizadas por ele. Um beijo amigo

Adelaide disse...

Os marvilhosos momentos que tenho passado a cantar ao mesmo tempo que ele.

Muita amizade. Abraço e beijo
Adelaide