1.5.12

A MINHA IDA AO CAMPO



Eu, que sempre fui uma mulher da cidade, aceitei um convite que não podia recusar.
Fiz as malas e fui direita ao campo com o meu coração a saltitar de alegria.
Os meus olhos não paravam de olhar as árvores de lindos verdes, as flores
amarelas pelos lados da estrada, aos montinhos, como famílias!
O céu apresentava um azul muito belo e lindas nuvens com lindas formas.
Muito brancas e, por vezes, com manchas acinzentadas ameaçando chuva.
Mas, o sol reluzente não deixou. Quantos mais quilómetros percorria, maior era a minha alegria.
Estava prestes a chegar ao maravilhoso local que me esperava!
Entrei...e tudo estava mais belo por causa da entrada da primavera. Os jardins apresentavam
belas cores a ponto de acordarem em mim comoção perante tanta beleza.

Quando voltar a ir, vou de novo admirar os verdes, o amarelo das flores, e de outras cores,
olhar mais uma vez o céu porque, olhar o céu dá-nos alegria pelo seu belo azul, pelas nuvens
brancas ou acinzentadas, ou até um lindo céu sem nuvens...um azul aveludado.
Pousar a nossa mão naquele azul...como deveria ser reconfortante, Já tentei tocar nas estrelas mas,
por mais que me elevasse nas pontas dos pés não conseguia atingir o meu objectivo. Quem sabe, um dia...

Adel____
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6 comentários:

rosa-branca disse...

Querida Adelaide, já morei no campo e sinceramente nem tenho saudades. A minha avó materna faleceu em vésperas dos meus 13 anos e eu fui criada por ela até aí. Morávamos na vila com água, luz o mínimo de condições. Fui entregue por uma vizinha à minha avó paterna(tipo embrulho) e que era sargento, que morava no campo. Não havia luz, água, casa de banho(tinha que ir a qualquer hora ao esterco) e até da minha sombra tinha medo. Perdi a voz e não consegui falar mais de 15 dias e ninguém deu por isso. Fiquei lá uns anos bons. Hoje gosto do campo de passagem ou fazer um passeio de resto acho que morria se fosse novamente morar para lá. Beijos com carinho

Adelaide disse...

Minha querida,

Que infância tão triste! Assim nem eu gostava do campo. O melhor é esquecer esses tempos e, nem sequer neles falar. O passado passou e esqueceu. Ponto final. Se eu tivesse adivinhado não falava na minha ida ao campo. Um beijinho e muitos momentos felizes agora e sempre.

rosa-branca disse...

Querida amiga, aprendi a ver tudo por mais que um prisma. Tenho amigas que adoram o campo e fico feliz por elas e estou muito feliz de ver que está feliz e compreendo o porquê. Quem vive na cidade e arredores claro que adora o campo, a natureza tudo isso amiga. Ainda bem que muitos gostam da natureza e tenho que reconhecer que é das coisas mais belas que existe neste nosso universo. Ninguém tem culpa do que se passou comigo. O meu marido adora o campo e diz que adorava ter casa de campo. Não fique triste pelo que eu disse, mas isto está cá tão marcado que tive que desabafar. Beijos com muito carinho

Unknown disse...

Milai, boa noite!
É tão bonito sentir toda essa sensibilidade à flor da pele, a forma como descreve esse seu passeio, deixa-nos imaginar o seu sorriso e as emoções que ele provocou em si.

Beijinho,
Ana Martins

Adelaide disse...

Querida amiga Rosa-Branca, fico muito feliz por ter desabafado comigo.
Foi bom que o tivesse feito. Desabafar alivia e dá-nos espaço por dentro. Quando o nosso interior está demasiado carregado de "lixo mental" temos que recorrer a uma limpeza geral. E, a partir daí, tudo é diferente. O que lhe estou a dizer é para mim também.
Um grande abraço e visite-me sempre que puder pois dar-me-á muito prazer.
Beijos

Adelaide disse...

Minha querida Ana,
Que pena eu tenho que estejamos tão distantes em termos geográficos. Como eu adoraria estar consigo muitas vezes. Conversar...trocar ideias...rir...Como seria bom!
Um grande abraço desta sua amiga que muito a admira!