1.1.11

VIRA-VENTO




















Muitos dias, meses e 2 anos passaram... Este objecto lindo, que não passava de um simples brinquedo, já não existe. Tudo neste mundo acaba, o que é lindo, o que é feio, tudo acaba. Só não acaba o que não se vê.
Era a cor que me encantava, eram os movimentos produzidos em dia de vento. Por isso o apelidei de Vira-Vento. Era ele que me aconselhava a dar a passada para o ar livre do meu jardim se o vento estivesse parado, sossegado. Se, pelo contrário, estivesse nervoso, rodando, rodando, então era o vento que nos comandava.
Eu ficava por trás do vidro da porta, olhando a tareia que as minhas amigas plantas apanhavam, quase a tocar no chão se fossem altas, ou movendo-se de um lado para o outro se fossem baixas.
Por vezes o vento trás acompanhante: a chuva que destrói as minhas amigas plantas.

Adelaide

1 comentário:

Maria Letr@ disse...

Adoro vira-ventos, Milai. Recordam-me a minha infância. Estavam à venda em qualquer lado, para as crianças poderem brincar com o vento, permintindo-lhes uma forma suave de suportá-lo. É que se não estivesse vento ..., o vira-vento não girava. Ele fazia parte dos meus brinquedos e colocáva-o sempre no mesmo sítio, num angulo do terraço de minha casa, em cima do muro e amarrado por um fio à ponta dum ferro que havia lá. Hoje, há outro tipo de coisas que abafaram o desejo de ter um vira-vento, como por exemplo, uma WII, ou uma play station ... Não tem nada que ver uma coisa com a outra. Mudaram as aspirações infantis, tornaram-se mais exigentes.