Quando eu era rapazote
Levei comigo no bote
Uma varina atrevida!
Manobrei e gostei dela,
E lá me atraquei a ela,
P’ró resto da minha vida.
Às vezes, numa pessoa,
A saudade não perdoa,
Faz bater o coração!
Mas tenho grande vaidade,
Em viver a mocidade,
Dentro desta geração.
Sou marinheiro
Deste velho cacilheiro
Dedicado companheiro
Pequeno berço do povo
E navegando,
A idade foi chegando,ai...
O cabelo branqueando,
Mas o Tejo é sempre novo!
Todos moram numa rua,
A que chamam sempre sua,
Mas eu cá não os invejo!
O meu bairro é sobre as águas,
Que cantam as sua mágoas,
E a minha rua é o Tejo!
Certa noite de luar,
Vinha eu a navegar,
E de pé, junto da proa!
Eu vi, ou então sonhei,
Que os braços do Cristo-Rei,
Estavam a abraçar Lisboa!
Sou marinheiro,
Deste velho cacilheiro,
Dedicado companheiro,
Pequeno berço do povo!
E navegando,
A idade foi chegando, ai...
O cabelo branqueando.
Mas o Tejo é sempre novo.
***
***
4 comentários:
Saudades do José Viana....Das suas interpretações...das suas pinturas....
Abraço
Querido Amigo,
No nosso tempo era tudo muito diferente e mais bonito. Eu era uma grande fâ do Zé Viana. Com ele no meu blog consolo-me de cantar ao mesmo tempo que ele.
Abraço
Um grande actor. Que saudades das revistas que vi protagonizadas por ele. Um beijo amigo
Os marvilhosos momentos que tenho passado a cantar ao mesmo tempo que ele.
Muita amizade. Abraço e beijo
Adelaide
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